Cores e ondas marcam alta-costura da Dior sem Galliano
Com coleção assinada por Bill Gaytten, o desfile da Maison Christian Dior no primeiro dia de apresentação da alta-costura francesa veio alegre, leve e supercolorido. Nada que lembrasse o sombrio episódio que culminou com a demissão de John Galliano da grife em março, após proferir declarações ofensivas contra os judeus num bar em Paris.
Foto: Getty Images
As apresentações, pelo menos desde que o estilista inglês havia assumido em 1997, sempre foram marcadas por dramaticidade. E o que se tentou nessa segunda-feira (4) foi se aproximar às impactantes "loucuras" de Galliano. Isso não ficou de fora da coleção de Gaytten, que trabalha na casa há 23 anos e já havia entrado no fim do desfile masculino, apresentado em Paris em junho. Mas ainda não convenceu. Ele não é o nome definitivo para, segundo a casa, substituir o inglês.
Gaytten Bill mostrou criatividade ao substituir o estilista John Galliano na Dior
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O desfile trouxe peças inspiradas nas ondulações das formas criadas pelo arquiteto canadense, naturalizado americano, Frank Gehry, responsável entre outros pelo museu Guggenhein de Bilbao. As ondas eram transformadas em babados e sobreposições de tules, lembrando os principais projetos de Gehry.
Foto: Getty Images
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Houve também as formas mais estruturadas na parte de cima e saias armadas, numa quase releitura do New Look. Caftãs longos e plissados também surgiram. As cores vinham mais apasteladas, como de doces ou dos macarons, ou mais vibrantes, por vezes misturadas nas estampas. Imagens que lembravam pierrôs e looks 70/80 com make em cores fortes e cabelão solto também surgiram na passarela. Na cabeça, chapéus e objetos em formato de lua ou cubo. Mas se houve o lado teatral e dramático deixado de herança nesses 15 anos de Galliano, talvez ainda se precise de um tempo mais longo para se assimilar uma Dior sem a irreverência e a coesão do polêmico estilista.
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