Sem desfile, estilista mais jovem da SPFW faz apresentação para poucos
Foto: Márcio Madeira/Divulgação/Divulgação
Com sabedoria, o menino é habilidoso e competente ao saber diferençar produto e imagem. "Imagem é conceito, criação, pesquisa de novos materiais e não tem limites de preço. Produto é percepção de mercado, tem preço competitivo". O que foi exibido à imprensa era 70% produto e 30% conceito.
Inspirado nas pinturas de Lelli de Orleans e Bragança (presente no local ao lado de Gloria Coelho, mãe de Pedro, e Reinaldo Lourenço, pai do estilista) com paisagens tropicais da fauna e flora brasileira durante o período imperial, a coleção Resort celebrou a história nacional em estampas de tucanos, araras, palmeiras em cores amarelo, azul, verde em fundo branco. O aspecto interessante, pontuado pelo próprio Pedro foi como as estampas de pássaro e a fusão com grafismo foram localizadas nas peças, "recortadas à mão e coladas à peça, uma técnica que leva meia manhã de trabalho. A estampa é aplicada sobre a costura lateral. Um trabalho que levou muitos dias para chegar à cola ideal, à costura mais adequada, a seda".
Focado no mercado e na visão passada em conversas com seus compradores de que "ninguém quer consumir um Pedro Lourenço básico. A peça precisa ter um recorte diferenciado, um design", Pedro ofereceu minissaias de couro que podem ser encomendadas em qualquer cor, couro francês que pode ser dublado ou molenga, recortes verticais que se tornam horizontais, tecido com magnetos que revelam e complementam estampas (que tem marca passo não pode usar esta peça), jaqueta perfecto bicolor, calças cigarretes, silhuetas verticalizadas, golas triangulares e vestido quadrado, maiô todo geométrico, cinto banhado a ouro e peças abertas a diversas possibilidades de composição.
No fim, todos puderam tocar as roupas, sentir o tecido, observar os acabamentos, as texturas. Uma verdadeira aula de moda.
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