Marcas baianas participam da maior semana de moda da América Latina!!
Ser o maior evento de moda autoral da América Latina não é nada fácil, mas mesmo com todas as mudanças econômicas, culturais e comportamentais que o mundo vem passando, o Dragão Fashion Brasil Festival (DFB) tem conseguido manter o título e crescer em visibilidade e importância. O evento, que nesta temporada comemora 18 edições, começou sua maratona fashion na quarta-feira (24) e segue até o sábado recebendo 43 desfiles em suas três passarelas montadas no Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza, no Ceará. “Mesmo com tantas adversidades, a criatividade mantém-se como base das nossas confecções, que investem cada vez mais em ações inovadoras e consistentes, como o próprio DFB”, explica seu idealizador, Claudio Silveira.
O handmade de luxo de Almerinda Maria (foto: Roberta Braga Cláudio Pedroso e Pedro Brago/divulgação)
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No primeiro dia do Dragão teve de tudo: marcas com mais de 30 anos de história, como a da mestra do handmade Almerinda Maria; lacrativas, como a Babado Coletivo; estouradas, como Wagner Kallieno, e novatas, como Comunidade Moda e Mari Andrade, que ainda estão na faculdade e têm no DFB a chance de exercitar e exibir seu talento, para todos é dada a mesma visibilidade.
Wagner Kallieno (Foto: Nicolas Gondim/Divulgação)
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Em meio a essa turma de criativos, duas grifes baianas apresentaram suas coleções na primeira noite do DVF. Estreantes no evento, a VillÔ Ateliê, de Emily Dias e Vivianne Pinto, emocionou o público com um desfile 100% hadmade, onde a trama do crochê foi protagonista. As estilistas colocaram 29 looks na passarela, todos bordados com pedrarias e cristais Swarovski. A rica trama aliou tradição e design para valorizar as mulheres. “Nossa coleção se chama Entrelinhas porque buscamos representar as entrelinhas da mulher: romântica, sensual, ousada, atrevida... tudo que ela pode ser”, explica Emily, que com Vivianne desenvolveu todos os detalhes. “A gente meio que inventa cores mesclando linhas de texturas e tons diferentes que, visualmente, dão outro efeito”, afirmam as criadoras, que no ateliê dão visibilidade através da moda as artesãs, entre crocheteiras e bordadeiras de Salvador, Irecê e Amélia Rodrigues.
As Entrelinhas da VillÔ (Foto: Nicolas Gondim/divulgação)
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Emily revela que a produção levou um ano para ficar pronta. “O trabalho manual demanda tempo e a gente queria fazer algo especial. A possibilidade de participar do Dragão surgiu e a gente não podia perder a oportunidade de mostrar para que viemos com uma coleção rica e cheia de história”. “Fazemos questão de deixar claro que é feito à mão, é crochê, defendemos essa arte, só que a gente traz o conceito da marca na modelagem, nas linhas diferentes”, reforça Vivianne. Adeptas do “see now, buy now” (veja agora e compre já), as estilistas já colocaram os looks à venda através de suas redes sociais (@villoatelie).
Emily Dias e Vivianne Pinto festeja a estreia da VillÔ Ateliê no DFB Festival (Foto: Roberta Braga Cláudio Pedroso e Pedro Brago/divulgação)
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Aládio Marques trouxe várias novidades em sua quarta participação no DFB com a coleção _Explorer, inspirada no nomadismo. Inseriu looks masculinos no desfile – 4 dos 20 -, retornou às suas origens de designer de calçados apresentando uma sandália unissex, e ainda criou uma bolsa híbrida que vira mochila e roupas que, a depender dos ajustes das cordas que as acompanhas, mudam de forma. Tudo confortável, prático e possível para todos os corpos e gêneros.
Aládio Marques no final do seu desfile (foto: Roberta Braga Cláudio Pedroso e Pedro Brago/divulgação)
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“Fiz várias peças que ficam bem em homens e mulheres. É uma coleção adaptável, prática e mutável”, define. “Essa é quarta vez que participo do Dragão e sinto que, como ele, que completou a maioridade, eu também estou amadurecendo a minha marca”, avalia.
Alexandre Herchcovitch falou sobre identidade na moda (Foto: Davi Magalhães/divulgação)
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Fora das passarelas, personalidades importantes da moda também participaram do primeiro dia do evento, como Alexandre Herchcovitch, que abriu a programação do Dragão Pensando Moda (DPM), espaço realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará (Senac/CE). O estilista falou de seu processo criativo e a importância de um trabalho com DNA. “A marca registrada vai além de uma estampa. Quando você consegue identificar a roupa sem saber o nome que está na etiqueta, você sabe que aquela marca tem identidade”, diz.
Entre os desfiles, o público curte a área gastronômica (Foto: Davi Magalhães/divulgação)
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Quem também passou pelo DFB foi o estilista Dudu Bertholini, que debateu o tema “Como usar a tendência na sua marca sem perder a identidade?” em uma palestra promovida pela Lunelli e Lez a Lez. Workshops, como o da design thinker baiana Phaedra Brasil complementaram a programação. Entre um desfile e outro o público conferiu uma feira de moda e gastronomia.
A Bahia volta a ser representada na passarela do evento no sábado (26), último dia do evento, com o desfile de Jeferson Ribeiro.
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