John Galliano pede desculpas por seu comportamento
O estilista britânico John Galliano, demitido pela grife Christian Dior, pediu nesta quarta-feira (2) desculpas pelas supostas declarações antissemitas atribuídas a ele pelo jornal britânico "The Sun", que divulgou vídeo em que o estilista declarava amor a Adolf Hitler.
Em comunicado enviado nesta quarta-feira pelos advogados em Londres, o estilista garante que "o racismo e a conduta antissemita não têm cabimento na atual sociedade" e se desculpa "sem reservas" se o seu comportamento "ofendeu alguém".
A maison francesa decidiu abrir mão dos serviços de Galliano depois que o estilista, em estado de embriaguez, supostamente disparou insultos antissemitas e tentou agredir um casal que estava em um bar em Paris.
"Desde os fatos da quinta-feira passada, não fui capaz de fazer nenhuma declaração pública, seguindo o conselho do meu advogado francês. No entanto, perante a passividade da promotoria francesa, me vejo obrigado a me expressar", explicou o estilista no comunicado.
Na nota, publicada por seus representantes legais "Harbottle & Lewis", Galliano assegura que está "colaborando com a investigação policial" e diz também que foi provocado: "Várias testemunhas independentes indicaram perante a Polícia que fui submetido a assédio verbal e provocações, e que um indivíduo tentou me machucar com uma cadeira. Apresentei denúncia por essa agressão".
No entanto, Galliano diz aceitar que as acusações contra ele decepcionaram e escandalizaram as pessoas". Ele afirma: "Devo assumir responsabilidade pelas circunstâncias nas quais me encontrei e por permitir ter me comportado da pior forma possível", disse.
Galliano disse que só pode culpar a si mesmo pelo ocorrido e que agora "deve trabalhar duro para ganhar a compreensão e compaixão das pessoas", para o que está "buscando ajuda".
"Durante toda a minha vida lutei contra o preconceito, a intolerância e a discriminação, tendo sido objeto eu mesmo disso. Em todo o meu trabalho, minha inspiração foi unir as pessoas de todas as raças, credo, religião e sexualidade realizando uma diversidade cultural e étnica através da moda", afirmou.
A Dior anunciou nesta terça-feira que iniciou os trâmites para despedir o estilista, após a divulgação do vídeo em que ele aparece gritando que ama Hitler, em evidente estado de embriaguez.
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