Desfile de Valentino é ofuscado por desfile da Chanel
Valentino Garavani nunca foi enfeitado demais. Também passou longe do minimalismo - quando resolveu fazer uma coleção toda em pretos e alfaiataria, foi um fiasco. Depois de vendida a marca, a dupla que substituiu o italiano elegante e eternamente bronzeado arriscou justamente este lado sóbrio, seco, minimal. Fica na ala de Celine, Hermès, estas grifes chiques e de alta qualidade.
O problema é que o desfile do Valentino foi depois de Chanel. Depois dos looks despretensiosamente jovens sugeridos por Lagerfeld, fica difícil achar lindos os conjuntos de malha e couro, um pouco acima dos joelhos, os looks de renda e saias plissadas, os xadrezes finos, em texturas de couro marinho, os casacos perfeitinhos, de corte quase redingote, os cintos finos e os sapatos de pulseirinha, opções para as botas nos mesmos tons das roupas. Difícil se encantar com a correção da sala na tenda na Concorde, depois de sair do Grand Palais.
A variedade faz parte dos encantos da moda. Quando passar o efeito Chanel, quem sabe, vamos achar elegante este Valentino.
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