Transexual e modelo brasileira Lea T. é entrevistada por Oprah e pelo Fantástico e diz que não há nada de bom em ser trans
A transexual brasileira Lea T., 28, filha do ex-jogador de futebol da seleção brasileira Toninho Cerezo, foi destaque na mídia esta semana. Eleita entre as 50 modelos mais famosas do mundo pelo site models.com, teve uma entrevista que foi ao ar nesta quinta feira nos EUA pelo programa de Oprah Winfrey e outra para o Fantástico neste domingo.
No programa americano, Oprah fez perguntas íntimas e chegou a perguntar como a modelo, que ainda não é operada, esconde a genitália. “Essa é uma boa pergunta. Todo mundo me pergunta isso. Especialmente os homens. É muito desconfortável. Você tem que colocar tudo para trás, e precisa usar uma calcinha muito pequena. Após um tempo vai melhorando”, contou Lea que disse ainda que tentou viver como um homossexual mas que ao ir ao médico percebeu que era uma mulher em um corpo masculino.
Para o programa brasileiro, Lea mostrou fotos de família e a apresentadora Renata Ceribelli se atrapalhou um pouco, falando o nome de menino da modelo e dizendo que ela gostava de ficar com homens e não gays, como se homossexuais masculinos não fossem homens. Lea falou de como fez de tudo para não acabar na prostituição e da força de amigos do mundo da moda que a ajudaram a arrumar uma carreira de modelo.
Perguntada se havia um lado bom em ser transexual, ela disse: “Eu não vejo lado bom em ser transexual. Eu sou penalizada em tudo. Não é uma coisa gostosa. Você tem que levar para o lado do transexualismo em si: remédio, terapias, operações e preconceito. Mas também tenho a parte da minha vida sem pensar nisso, os momentos de felicidade”. Ela comentou a foto que fez com a modelo Kate Moss, com quem aparece beijando, na capa da revista Love. ”Foi uma forma de protesto. Eu quero falar que nós existimos. Porque nós temos um problema, nós vivemos com remédio. Nós amputamos o nosso corpo. É uma coisa muito forte”, contou a modelo. A matéria ainda lembrou que a modelo participou da última edição do São Paulo Fashion Week.
Militando, ela contou como seu pai a apoiou, ao contrário do que saiu na mídia. Ela conta que teve fase gay, fase travesti, o que não condiz com a transexualidade. Lea deve operar ainda este ano na Tailândia e espera decisão da Justiça para mudar nome e sexo em seus documentos.
Assista a matéria da modelo Lea T. no Fantástico:
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