Longuetes e muita cor surgem no inverno de Londres
Os desfiles do segundo dia da semana de moda de Londres confirmaram o que se tem visto em outras passarelas: os comprimentos longos e longuetes (pelo joelho) dominam a cena, com incursões de curtos em que as penas são protegidas por meias coloridas ou botas de cano alto. Além do quesito comprimento, as apresentações também ampliaram a gama de soluções para os dias frios, com extensa camada de peças coloridas em tons lisos ou misturados. E, ok, algumas pitadas de preto, bege e cinza também não faltaram.
As silhuetas podem ser clássicas, elegantes, contornando o corpo feminino, ou amplas, bem oversized, deixando de lado as formas da mulher para garantir conforto. Com desfiles dos brasileiros Daniella Helayel, da grife Issa, e Inácio Ribeiro, da Clements Ribeiro, a semana de moda da capital inglesa mostra que o inverno não precisa ser chato e introspectivo. Daí a explosão de cores e formas divertidas em algumas coleções.
Daniella Helayel colocou azul, vermelho, coral e estampas em seu inverno, recheado de vestidos de coquetel, longos de jérsei, calças e camisas. A dupla Clements Ribeiro - Suzanne Clementes e Inácio Ribeiro - se inspirou na era vitoriana, com tecidos adamascados, revelando estampas próprias da época.
E se os comprimentos oferecem a imagem de certo recato às peças, muitas delas criam verdadeiras explosões de cores, como os vermelhos usados pela estilista Betty Jackson em vários tecidos, dos georgette aos tricôs, passando pelos sapatos. Se os vestidos chegavam ao tornozelo, os mais curtos ganhavam a companhia de meias de látex claras.
Alegre e diferente foi a coleção apresentada por House of Holland, de Henry Holland, com seus vestidos, casacos e xales feitos com os tradicionais quadradinhos de crochê com flores coloridas costurados um ao outro. Meias-calças com a mesma padronagem apareciam em alguns looks.
Num patchwork de tecidos, estampas e cores Louise Gray fez uma festa na passarela, com suas peças sobrepostas, amplas e divertidas, com direito a esculturas de bexiga pra enfeitar a cabeça. Botas com padronagens diferentes vinham altas, até as coxas.
As cores foram as apostas também de Jaeger London, com mostarda, azul, tomate verde, que ora apareciam nas roupas ora explodiam nos acessórios, como carteiras, cintos finos e sapatos. A modelagem das peças vem elegante, com saias mais amplas até os joelhos, calças compridas mais largas, por vezes, chegando até o tornozelo, e casacos e jaquetas confortáveis.
Conforto também parece ter sido o mote da grife Daks, com seus casacos-quimono e saias godês até o joelho, com cintura marcada. Xadrez, mostarda, bege, marrom e preto na cartela de cores. Charles Anastase resolveu exagerar no salto de suas botas anabela de plataforma altísssima, algumas com cano até as coxas. Modelagem básica nos macacões, vestidos e casacos, em tecidos como veludo ou tricôs. De um extremo ao outro, Londres mostra um moda para todos os gostos.
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