Alfaiataria e peles se destacam em Milão
Peças clássicas e atemporais que evocam elegância e feminilidade se destacaram no segundo dia da temporada inverno 2011 em Milão. O dia de apresentações começou com a Max Mara, que veio com coleção com foco na alfaitaria e em vestidos estruturados, com um quê de anos 1960, mas sem forçar no futurismo. As peças retas são minimalistas, mas marcantes ao mesmo tempo. A cartela de cores predominantemente claras reforça essa proposta.
Na mesma linha veio a coleção de Ermanno Scervino, que destaca calças mais alongadas e outras mais curtas usadas com blusas também mais longas e casacos. Esses também são os centros das atenções, muitos usados com cinto, como vestidos.
Em todas as coleções, os casacos são importantes. Modelagens e materiais clássicos, como o trench-coat ou o 7/8, aparecem ao lado de referências esportivas. As peles também conquistam espaço definitivo entre as grifes, mostrando que as entidades de defesa dos animais deverão protestar bastante no inverno do hemisfério norte.
O desfile da D&G, segunda marca dos estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana, trouxe coleção étnico-pop, com estampas de inspiração tribal, mas que misturam desenhos, letras e sobreposição de peças fluidas e sofisticadas, muitas com transparências e brilhos e casacos de inspiração esportiva.
A calça cenoura, casacos com formas arquitetônicas e a mistura de texturas marcam a coleção da Fendi, bem como os casacões de peles grandes e volumosos. As meias e os acessórios se destacam em cores contrastantes às roupas, que vêm em tons terrosos, preto, azul-marinho, cinza e vinho. Os volumes nas calças, combinados a jaquetas também com volumes, mas amarradas na cintura, aparecem na proposta da Haute, que se inspirou no guarda-roupa masculino, incluindo robes adamascados que serviram de base para tops e vestidos.
Luisa Beccaria aposta nos drapeados para criar vestidos femininos e que emolduram o corpo. Ternos luxuosos completam a coleção. E assim como referências masculinas ditam o rumo das coleções, os calçados tipo Oxford e abotinados, alguns com inspiração country, prometem conquistar os pés por mais uma temporada.
A Prada fez dos acessórios as estrelas da coleção, com as bolsas carteira com alça para prender no dorso das mãos, os cintos, que foram colocados um pouco abaixo da cintura (não no lugar como as marcas em geral) e os sapatos usados com meias grossas 3/4. As roupas são retas, com comprimentos curtos, no meio das coxas, e remetem a looks de estudantes. Até a posição que as modelos levavam as bolsas, contra o peito, reforçam a referência. Miuccia Prada também apostou em looks com chapéu de aviador. Entre suas referências, estavam os anos 20 e 60.
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